CATTLEYA SCHILLERIANA- BELEZA RARA NAS MATAS
Cattleya schilleriana tipo |
O seu nome foi dado devido à sua primeira aparição ter sido na coleção do conde de Schiller, na Alemanha.
Cattleya schillleriana tipo |
E inicialmente achava-se que era um híbrido natural entre a Cattleya aclandiae e Cattleya gutata, todas as duas especies são encontradas na Bahia também.
Mas a Cattleya schilleriana foi endêmica do Espírito Santo, principalmente na Bacia do Rio Jucu, em uma altitude de 400 até 800 metros. Neste habitat a planta encontrava condições de boa luminosidade e ventilação, com umidade relativa do ar elevada principalmente à noite, o que conferia muita agua para se manter hidratada mesmo sob o calor intenso durante o dia, melhorando a absorção da planta. Como a espécie teve sua coleta feita de forma indiscriminada, até hoje, considerava-se extinta na natureza, mas raras aparições já foram vistas e guardadas a sete chaves!
É considerada uma planta de duas florações ao ano e realmente isto não é raro, mas o mais comum é apenas uma floração na primavera, principalmente entre os meses de Setembro e Outubro. A floração se dá pelo ápice do pseudobulbo, através de uma bráctea, e normalmente a planta apresenta duas flores por pseudobulbo florido, podendo chegar até o número de 12 flores, diminuindo o tamanho delas gradativamente conforme a quantidade.
A flor é cerosa, e com sépalas de aproximadamente 5 centímetros de comprimento por 1,5 centímetro de diâmetro e pétalas um pouco menores, de cor marrom-esverdeado com máculas vermelho-escuras. O labelo que é a parte mais vistosa nesta espécie, pois atrai os insetos polinizadores para a planta, apresenta-se em forma discóide, com 2 a 4 centímetros de comprimento após sua base e de 4 a 12 centímetros de largura. A cor do tubo polínico é amarelo ouro em sua base, seguido do branco na parte maior do labelo e que serve de sinalizador para os insetos. essa parte do labelo possui estrias púrpuras e no lobo terminal. Estas estrias púrpuras ficam marcantes sobre o fundo branco, causando um grande efeito visual.
No cultivo a Cattleya schilleriana vegeta muito bem em tutor de madeira ou vaso de barro baixo e com substrato mais seco. Odeia divisões pois como toda Cattleya bifoliada precisa entouceirar para florir com abundância. Mas é possível fazer cortes, tomando muito cuidado e observando a hora certa em que a planta estiver emitindo raizes novas pois assim a planta já enraíza no novo plantio e o cultivador pode observar isso. Por ser exigente quanto ao plantio, acaba tendo uma certa exigência de umidade e regas em virtude dos pseudobulbos que não podem desidratar, pois não reidratam mais ficando enrugados e tendo uma reserva bem menor de nutrientes. É uma espécie de orquidea que vegeta, crescendo relativamente rápido e muito bem nas condições de plantio e clima exigido. Fora disso é mais complicado e incerto. Por isso se sonha em ter uma Cattleya schilleriana preste bem atenção nisso antes de falar que ela é uma planta difícil, pois no cultivo em estufa se adapta muito bem se observados a temperatura e a umidade.
Cattleya schilleriana semi alba |
Hoje em dia estão
nas mãos dos orquidófilos a chance de voltar a ter Cattleya schilleriana na natureza repovoando a floresta criando novos habitats que foram destruídos.
Cattleya schilleriana semi alba |
A Cattleya schilleriana é uma espécie de orquídea do grupo das Cattleyas bifoliadas e com enraizamento indefinido, isto é, pode ser antes da floração ou depois, o que desfaz qualquer regra da época certa de corte e replantio. É mais fácil se obter sucesso nos cortes e replante se o cultivador fizer isso enquanto a planta enraíza ou esta apta a enraizar. Orquídeas são plantas que vegetam ao longo de um ano em ciclos conforme as estações que alteram o clima. É muito mais fácil entender a planta se observar esses ciclos. Dessa forma se pode definir uma regra de cultivo conforme o local em que se está cultivando.
A Cattleya
schilleriana é considerada uma planta de
duas florações ao ano, mas o mais comum é apenas uma floração na primavera,
principalmente entre os meses de setembro para outubro.
A floração é farta chegando a ter 12 flores saindo de espata no ápice do bulbo.
A flor, com sépalas de aproximadamente 5cm de comprimento por 1,5 cm de diâmetro e pétalas um pouco menores, de cor que vai do verde ao marrom avermelhado com maculas vermelho escuro.
A flor, com sépalas de aproximadamente 5cm de comprimento por 1,5 cm de diâmetro e pétalas um pouco menores, de cor que vai do verde ao marrom avermelhado com maculas vermelho escuro.
O labelo que é a parte mais vistosa nesta espécie, pois é
ele que atrai os polinizadores. Se apresenta em forma discóide com 2 a 4 cm de comprimento
após sua base e d e 4 a 12 cm de largura. A cor é amarelo ouro em sua base,
seguido do branco com estrias púrpuras e no lobo terminal. Estas estrias
púrpuras ficam em linhas, quase integras sobre um fundo branco, causando um belíssimo
efeito.
Cultivo e sua responsabilidade
Cattleya schileriana coerulea |
Cultivando a planta em casa sabendo que já encontra-se praticamente extinta na
natureza, gera muita responsabilidade pois não devemos nos dar ao luxo de
"aprendermos na pratica” ,perdendo a planta!
A planta é bem cultivada
em substrato duro, tais como cascas de peroba, Sansão do campo, café, cedro, canela,
entre outras madeiras, se adaptando muito bem e emitindo muitas raizes para se fixar, mas sofre
bastante quando na ocasião do seu replantio. Este deve ser feito com muito
critério e sempre, após a floração, observando quando a planta começar a emitir novas raízes. A
não observação deste item pode condenar a planta rapidamente.
Luz
A luminosidade considerada ideal no orquidário é de 60% de sombra dada pelo sombrite sob sol direto, enquanto
dentro do ambiente do orquidário a umidade relativa do ar deve ser alta e
contando também com uma ótima ventilação.
Cattleya schilleriana alba |
Com as minhas eu cultivo pendurada sob o sombrite 50% recebendo
sol quase o dia todo, plantada em vaso cerâmico baixo com casca de madeira dura
carvão vegetal em pedaços e pedras de rio pequenas, e com umidade alta.
O reconhecimento de variedades de Cattleya schilleriana não
é fácil, embora tenham sido descritas diversas variedades além da tipo. Desconfiam que algumas delas possam ser híbridos primários com outras espécies que possuem características próximas como as pintas.
São elas:
Concolor(Hooker) - Sépalas e pétalas em
marrom-púrpura-escuras, sem máculas e labelo com raias púrpuras e margem branca
usual
Trilabelo - Planta com pétalas com cores e raias semelhantes
ao labelo e sépalas em marrom com máculas rubras, conforme normal da espécie. Uma única planta descrita e documentada foi denominada por alguns autores como variedade memória Roberto Kautskyi (Pabst e Dungs)
Semi alba - pétalas e sépalas verdes com poucas maculas
rubras e labelo na cor branca com raias lilás
Amaliana(Linden) - Pétalas e sépalas marrom escuro com poucas
ou raras máculas, e labelo com raias rosas intenso.
Dulcotensis (Hort. Ex O'Brien) - Sépalas e pétalas em marrom
tendendo ao rosa com máculas rubras, o labelo em uma cor uniforme em vermelho,
sem o branco na margem.
Caerulea - Pétalas e sépalas verdes com maculas rubras.
Labelo com raias róseas tendendo ao coeruleo com fundo branco.
.
A influência da Cattleya schilleriana em Cruzamentos
pode facilmente ser percebida na planta resultante devido a forte influencia no
labelo da espécie. Temos descritas as seguintes híbridas naturais de Cattleya schilleriana:
Cattleya frankeana - cruzamento com Cattleya velutina.
Cattleya pittiae - cruzamento com Cattleya harrissoniana
Cattleya resplendens - cruzamento com Cattleya schofieldiana
Cattleya schilleriana x brassavola nodosa. lindo resultado!
"Se continuar a destruição dos hábitats das orquídeas, um dia não teremos mais como reintroduzí-las ao seu hábitat, mas neste dia talvez este não seja o maior problema dos homens."
Cattleya schilleriana |
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