CATTEYA LEOPOLDII- CATTLEYA TIGRINA- A BELEZA TEM MAIS DE UM NOME-

Uma dela é a época de floração, a Cattleya tigrina floresce de Novembro a fevereiro enquanto a Cattleya guttata de Fevereiro a Abril. Existem outras muitas outras diferenças, como por exemplo o habitat, o comprimento das folhas, o labelo, o tamanho das flores, o colorido, etc. Mas mesmo passado muitos anos, ainda hoje, existem muitos taxonomistas que consideram a Cattleya tigrina, e também Cattleya leopoldii, sinônimos da Cattleya guttata, da qual seria apenas uma variedade de maior interesse horticultural cuja permanência como espécie autônoma é mantida mais por hábito de muitos colecionadores, do que por comprovação científica.

A ação predatória radical deve-se ao fato da sua floração ocorrer
justamente no início das férias de verão, durante a frenética corrida dos
turistas em busca do litoral, movimento que garante aos moradores virarem mateiros e garantir um bom lucro com a venda
das plantas em flor e também a morte da maior parte destas, pelo fato da
maioria dos compradores não terem sequer a menor ideia de como cultivá-las.
Isso causou um impacto ambiental sem precedentes, mas muitas dessas plantas foram preservadas por orquidófilos experientes, que hoje graças ao manejo correto e a micro
propagação invitro conseguem multiplica-las e usa-las em cruzamentos entre si para
o melhoramento genético da própria espécie, e assim podendo voltar a natureza em áreas que hoje são preservadas e
monitoradas. É sempre bom lembrar que retirar plantas de seu habitat causa
impacto ambiental e é considerado crime, além disso, plantas retiradas da
natureza tem muita dificuldade de adaptação em novo local correndo o sério
risco de morrer.
A Cattleya tigrina possui pseudobulbos eretos, cilíndricos e
levemente sulcados podendo atingir até um metro de altura e as vezes podendo até
passar um pouquinho...
É uma Cattleya do grupo das bifoliadas com folhas grandes,
as vezes três folhas, oblongas e elípticas, coriáceas e grossas. A
Inflorescência surge no ápice do pseudobulbo de espata verde, logo após a
maturação do bulbo, sem fazer a dormência.

Hoje em dia a
variedade de cores e formas aumentou com o melhoramento genético e hoje chega a
mais de dez. Antigamente além da cor típica existiam poucas variações de cor da
Cattleya tigrina, entre elas a Albina e a Aquinii “. Essa situação foi alterada
quando um orquidófilo encontrou no extremo sul do habitat, a Albescens,
posteriormente rebatizada com a bela e sugestiva denominação de "Cetro de
esmeraldas", um dos clones mais
famoso e maravilhoso que ainda hoje depois de mais de 20 anos depois, ainda
continua sendo objeto do desejo da maior parte dos colecionadores, pois sua
floração é única! Alguns anos mais tarde
surgiram a Vinicolor e Semi-alba. O grande alvoroço dos orquidófilos, no
entanto, ficou por conta do achado das coerúleas! Momentos de emoção dos
colecionadores ocorreram também com o achado de duas esplêndidas trilabélias e
uma Aquinii, no início da década de 80.
Recentemente através
do interesse do estudo da espécie, foi achado o habitat de plantas
semi-albas, suaves e lilácinas . O que mais surpreende é que se não fosse
achadas antes do desmatamento essas plantas únicas poderiam simplesmente nem
existir , visto que as matas em que
foram encontrados foram derrubadas para dar lugar a lavouras ou a pastagens ou
simplesmente para transformarem-se em carvão. O valor do achado é além da
beleza das flores e da sua raridade, o grande potencial genético para a
germinação de plantas mais adaptáveis e perfeitas em forma e em colorido, além
da possibilidade de repovoar os habitats destruídos um dia.
*Vegetação higrófila:
Vegetação adaptada à grande umidade. As raízes desses vegetais são pequenas e
as suas folhas são grandes para facilitar a evaporação, além de possuírem
caules bastantes desenvolvidos.
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