A CIÊNCIA ESTRATÉGICA DAS FLORES- TECNOLOGIA A SERVIÇO DA VIDA
Cattleya schilleriana |
Quando visitamos uma exposição de orquídeas sentimos uma
alegria muito grande e um encantamento por ver centenas de flores juntas. Para muitos além de surpreendente é uma
experiência magica pois descobrimos um mundo novo. Um mundo onde a natureza nos
mostra toda a sua criatividade!!
Como numa exposição de arte onde as cores reunidas pelo
artista expressas na tela, encantam aos olhares, a natureza capricha ainda mais
com formas e perfumes, para encantar e atrair os agentes polinizadores. É a
sabedoria da criação, que ensina que para estar vivo e evoluir é necessário
viver em harmonia numa simbiose incrível e perfeita onde todos saem ganhando.
Uma gama de espécies de abelhas, borboletas, mariposas,
beija flores e outras aves, além de moscas, besouros, formigas e outros insetos fazem um importante
trabalho na polinização das flores das orquídea em todo o mundo. São milhares
de espécies de polinizadores e são milhares e milhares de tipos de flores.
Existem também espécies de orquídeas, que utilizando os elementos do meio, como o próprio vento, conseguem se auto polinizar! Acreditem, é pura estratégia!
A flor de uma orquídea é o centro da sexualidade e
reprodução da planta e por esse motivo ela adapta sua estrutura floral, sua forma
e em especial a coluna da flor à aerodinâmica do polinizador.
Existem também espécies de orquídeas, que utilizando os elementos do meio, como o próprio vento, conseguem se auto polinizar! Acreditem, é pura estratégia!
A Floração é a fase do ciclo onde a planta gasta muita
energia que acumula desde a brotação. É um momento que a planta preparou, calculando
todos os detalhes para conseguir ser polinizada e gerar sementes.
Se pudéssemos enxergar como os insetos, veríamos verdadeiras “fachadas iluminadas nos convidando para se divertir”, e o labelo seria o “campo de pouso”, mais iluminado ainda e com cores fortes, chamativas e luminosas.
A maioria do gênero de orquídeas se utiliza de artimanhas para atrair seu polinizador. Como muitas espécies não produzem o néctar, procuram usar outros atrativos como as cores, os odores que são atrativos e também o mimetismo, onde a flor imita as insetos fêmea dos seus polinizadores, inclusive exalando o odor característico. Muitas espécies de orquídeas de flores albas atraem o seu polinizador durante a noite porque sua cor se destaca na escuridão.
Se pudéssemos enxergar como os insetos, veríamos verdadeiras “fachadas iluminadas nos convidando para se divertir”, e o labelo seria o “campo de pouso”, mais iluminado ainda e com cores fortes, chamativas e luminosas.
A maioria do gênero de orquídeas se utiliza de artimanhas para atrair seu polinizador. Como muitas espécies não produzem o néctar, procuram usar outros atrativos como as cores, os odores que são atrativos e também o mimetismo, onde a flor imita as insetos fêmea dos seus polinizadores, inclusive exalando o odor característico. Muitas espécies de orquídeas de flores albas atraem o seu polinizador durante a noite porque sua cor se destaca na escuridão.
O gênero Ophrys, conhecida também como orquídea abelha, é dos gêneros de
orquídeas considerado dos mais complexos, isto é, com mais recursos.
A sua polinização acontece por pseudo-copula, onde o zangão
confunde a flor com uma fêmea e pousa em cima acertando em cheio as políneas na
hora da copula e quando sai voando leva junto o pólen grudado no seu
dorso. A atração é por causa da secreção
química que a planta exala nas flores, idênticas as fêmeas da espécie de abelha,
imitando em sua forma e cores metalizadas, sendo um plano espetacular, para
proliferar a espécie.
Só o que eu não sei, é como a planta sabe disso para atrair o polinizador!?
Só o que eu não sei, é como a planta sabe disso para atrair o polinizador!?
Angraecum sesquipedale |
Existem flores que possuem polinizadores específicos, e um
exemplo é o Angraecum sesquipedale, considerada a flor de Darwin e que prova a
teoria de evolução das espécies, onde a flor possui características especificas
para apenas um tipo certo de mariposas. A flor possui um tubo longo que desce
da base do labelo, onde fica o néctar que atrai a mariposa que tem uma espécie
de “língua” bem comprida que consegue alcançar o fundo do tubo. Na saída a
mariposa carrega junto a polínea da flor que acaba ficando exatamente na
abertura do estigma da próxima flor que a mariposa visita. É um trabalho que
conta com cooperação, onde tudo é calculado para ser exato.
Bulbophyllum Rothschildianum, sendo visitado por mosca. |
Bulbophyllum lobby |
Mais engenhoso ainda é que em algumas espécies de Bulbophilum, as flores possuem movimento sempre que tocada pelo vento, imitando insetos com muita competência. É a capacidade da orquídea em utilizar os recursos do meio em seu beneficio.
Abelhas euglossa visitando a flor do Catasetum |
O gênero Catassetinea que inclui as espécies Catasetum,
Cycnoches,mormodes, clowesia, entre outras se utilizam de um gatilho ejetor para lançar
sua polínea assim que tocado pela abelha que visita a flor em busca do néctar, duas antenas muito sensíveis que ao menor toque disparam com muita rapidez acertando em cheio o polinizador.
As abelhas procuram as flores atraídas pelo odor
característico do óleo produzido pela planta e que é usado pelos machos para conseguir
atrair as fêmeas e fazer o acasalamento. Uma simbiose perfeita e muito
importante para o equilíbrio e propagação das espécies, tanto da orquídea como
a da abelha. Para quem já presenciou esse momento parece um bale de abelhas em volta das flores. Tanta eficiência empregada a serviço da continuidade da vida. Fica o ensinamento da natureza que juntos se pode mais. E por mais que não consigamos perceber que fazemos parte do todo, precisamos refletir até que ponto devemos interferir no meio, pois se a falta de determinado inseto, pode acabar com uma espécie de planta, em algum momento esse reflexo pode atingir a humanidade de forma desastrosa e irreversível.
BOM CULTIVO A TODOS !!
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